A Boston Consulting Group publicou um estudo que identifica os maiores mercados para o consumo de luxo na próxima década e levanta as intenções de compra do consumidor de hoje, considerando os impactos da crise econômica mundial.

Por Patricia Gaspar

Com o objetivo de demonstrar a intenção das pessoas em migrar para produtos mais caros ou mais baratos no curto prazo, a BCG entrevistou 21 mil adultos em 16 países sobre suas prioridades de compras. Os resultados mostram uma fragilidade maior no mercado norte-americano. Os EUA são o único país, entre as cinco regiões pesquisadas, onde a maioria das pessoas não pretende adquirir produtos mais caros, principalmente na moda, nos cosméticos e em cuidados pessoais.

Por outro lado, no Japão, na China, na Rússia, na Alemanha, na França, na Itália, na Espanha e no Reino Unido, os consumidores demonstraram intenção de consumir produtos de luxo nesses mesmos segmentos. Roupas e sapatos de luxo continuam fazendo parte da listinha de desejos dos consumidores russos, japoneses, chineses e de alguns países da Europa. Produtos de luxo para o cabelo, para o corpo e cosméticos para o rosto continuarão fazendo parte da nessessaire de consumidores chineses e russos.

Quanto à demanda futura, grande parte do crescimento do consumo de bens e serviços de luxo virá da China, Índia, Rússia e Brasil, segundo o estudo. Michael Silverstein, sócio-diretor da BCG, disse que apesar da péssima distribuição de renda nesses países, “onde a elite continua sendo a elite”, haverá uma explosão no número de pessoas ricas na próxima década. Segundo ele, esses consumidores formarão uma demanda gigantesca por bens e serviços de luxo.

Pamela Danziger, presidente da Unity Marketing, observa que tanto nos países desenvolvidos quanto em mercados emergentes, os consumidores mais jovens são mais propensos ao consumo de luxo. “Quanto mais velho você fica, menos se preocupa com marcas de luxo”, ela disse.

Segundo os resultados da pesquisa, a idade média do consumidor de luxo nos EUA é de 36 anos, na Rússia é de 38 e no Japão é de 42 anos. Nos mercados emergentes, a média de idade cai ainda mais: na China é de 32 anos, no Brasil é de 27 anos e na Índia é de 26 anos.

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